Sim, Carley estava olhando para um velhinho vestido de Papai Noel, bom acho que era sim o Papai Noel, lá estava todo estraçalhado no chão o seu trenó, havia presentes para todos os lados, e o tal velhinho pegando todos com carinho e colocando novamente em um enorme saco
-Meu Deus! Você está bem? - perguntou Carley
-Acho que sim, mas o mundo não, como irei entregar todos os presentes sem meu trenó?
-A... Pode dizer eu já não sou mais criança, eu sei que você é apenas um bom homem alimentando os sonhos da criançada, e que Papai Noel não existe!
- Ora - exclamou o homem- Então você deve estar a falar com um nada, pois eu não existo! Não é?! Se eu não fosse Papai Noel não teria esse trenó, vocês adultos...-pensou ele- por isso não ganham presentes não acreditam na minha existência e transforma o Natal em apenas uma data qualquer!
Carley ficou admirada com o que ele dissera, será que ele mesmo o Papai Noel? Carley começou a ajuda-lo a pegar os presentes, até que ele parou e começou a observa-la, quando ela viu deu um sorriso a ele, e ele logo perguntou
-Bom é Natal, e o que fazes aqui sozinha?
-Bom, eu não curto muito o natal...
-O que?! - interrompeu ele- mas olhe toda essa magia.
Carley abaixou-se triste e pegou mais um presente
-A sim, foi o que aconteceu com você no passado,não foi?!
-Como você sabe?
-Ora, eu sou Papai Noel e vigio todas as crianças do planeta, e eu sei o que acontece a cada uma delas, existem crianças que passam por coisas semelhantes e até piores, mas mesmo assim elas ainda acreditam no natal, recebo cartas de crianças pedindo para ao invés de brinquedos, que elas ganhem alimentos, roupas, sapatos, familias, amigos, irmãos. Nenhuma dessas crianças desistiram do natal, bom tive uma idéia, vou te dar o melhor presente de todos, você vai me ajudar a entregar os presentes, quer?
-Claro!
-Então venha, me ajude a arrumar este trenó!
Carley e Papai Noel começaram a conversar e assim foi durante horas até que finalmente ficou pronto o trenó, e assim eles partiram.
Carley não poderia acreditar, era tão lindo ver a cidade do alto, ela estava tão iluminada! E sem contar que ela, Carley, estava andando de trenó com Papai Noel.
-Bom chegou agora a parte mais bonita e emocionante, a parte em que levo presentes para aqueles que não tem absolutamente nada.- Disse Noel
Eles desceram do trenó e começaram a entregar presentes aqueles crianças da áreas mais pobres da cidade,a alegria daquelas crianças era contagiante, depois foram para pontes e ferrovias, lá sim havia muitas crianças, levaram alimento cobertores e presentes
- E com eles que todos os anos celebro minha ceia de natal! - Disse Noel deixando uma lágrima escorrer, Carley também não se conteve, viu o quão ignorante ela foi todo esse tempo, preucupando só com si mesma, aquelas crianças estavam ali sem pais, sem alimento, sem abrigo, sem nada, e mesmo assim acreditam no natal. Aquilo era para ela uma lição inesquecivel do natal, agora sim ela sabia o que era natal de verdade, passaram ali a noite toda, brincando com aquelas crianças.
-Posso te pedir uma coisa? - disse Carley sorrindo
-Pode!
-Deixe eu puxar sua barba?- riu ela- desde pequena sempre tive esse sonho.
Noel começou a rir
-É o que todas as crianças me pedem, vejo que encontrou novamente o natal em você, e que voltou a ser a criança que era!
-É, pelo visto sim, bom acho que não irei fazer como uma criança e sair contando a todos que passei o natal com Noel, pois ninguém acreditaria, só meu vizinho de 3 anos, mas poderia levar a todos o verdadeiro significado do Natal!
Porque o natal não é só o que vemos que ele é, casas enfeitadas, presentes caros, mas sim uma união entre familiares, uma reconciliação, e um pedido do mundo e dessas crianças dizendo: Olhe para mim, e veja que preciso da sociedade unida, precisamos de ajuda.
Sabe Noel, eu nunca tinha reparado essas crianças aqui, agora vejo que elas precisam da nossa ajuda, mas não é só no Natal, pois elas sentem carência, fome, sede, frio o ano inteiro, vejo que o natal tem que ser comemorado todos os dias,e não existe forma melhor da sociedade comemora-lo se não for ajudando a tirar esses pequeninos e familiares das ruas!
-É verdade Carley, bom vejo que meu dever acabou esse ano, e que você já aprendeu a lição, eu já vou voltar para o Polo Norte, e que sabe ano que vem não nos encontramos?
-É quem sabe...E pode deixar vou ser uma boa criança e vou me comportar!
Os dois não puderam esconder as lágrimas que caiam de seus rostos, se abraçaram, se despediram de todos ali, e Noel subiu em seu trenó e foi embora. Carley ergueu o rosto e viu que sua vida mudara daquele dia em diante...
Fim...
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